Tipo quê reloaded: LOL
Um ano depois da minha denuncia do “tipo” constatei com a mais pura das admirações uma mudança de hábitos naquilo que é o vocabulário usado pela nossa juventude, os dirigentes do amanha! Talvez fruto da preguiça física e cultural gerada pela globalização, o típico jovem português, estudante, idade entre os 14 e os 18 anos, opta por exprimir a sua alegria ou jubilo mais vulgarmente conhecido como riso, por uma coisa que nem palavra é: LOL.
Quem nunca ouviu um LOL que atire a primeira pedra. O LOL, é sobretudo fruto da preguiça, a energia despendida na expressão facial de um sorriso é enorme e provoca uma necessária reposição de forças, assim o LOL resolve essa situação. Outra vantagem do LOL é a sua versatilidade fonética e escrita, onde um ‘hahaha’ ou um ‘hehehe’ poderá ser substituído por LOL. O orgulho de quem solta um LOL a meio da conversa é evidente, demonstra o conhecimento das técnicas gramaticais mais recentes e existe mesmo um movimento para oficializar o LOL como forma de expressão reconhecidamente portuguesa. Pensa-se mesmo que já na corte do rei D. Sancho II, durante uma sessão de autógrafos da rainha (estrela pop do mundo de então) um dedicado fã soltou, perante a emoção do pergaminho assinado, uma ‘LOLADA’, assistia-se á criação de um monstro literário-fonético. A expressão foi mantida em segredo durante séculos e considerada uma blasfémia, mas graças ao espirito aventureiro da nossa juventude assistiu-se á recuperação de um habito secular e sua natural adaptação ao português moderno trocando o macarrónico ‘LOLADA’ pelo contemporâneo ‘LOL’.
O LOL quando dito com a intensidade certa faz toda a diferença numa conversa qualquer que ela seja. O LOL deveria ser institucionalizado e usado ao mais alto nível, um país cujos dirigentes políticos usem o LOL como forma de expressão é sem dúvida um país mais prospero e culturalmente evoluído.